terça-feira, 29 de março de 2011

Presidente do America pode pedir licença

Ulisses Salgado pode deixar a presidência por motivos de saúde

Ulisses está no cargo desde janeiro de 2009

A crise que assola o America parece não ter mais fim. Além de estar envolto em dívidas, imerso em uma intensa disputa política e na última posição do Campeonato Estadual há três rodadas do fim da competição, o clube pode viver mais um episódio dramático nesta terça-feira. Com diversos problemas de saúde, como duas hérnias de disco diabetes e com uma recente internação, o presidente Ulisses Salgado deve apresentar um pedido de licença ainda nesta terça-feira. Em seu lugar, assumiria Fabio Dias, segundo vice-presidente.

No cargo desde janeiro de 2009, Salgado assumiu o America após o rebaixamento para a Segundona, destino que tenta evitar nesta temporada. Eleito por aclamação em chapa única, o dirigente reaproximou os americanos após a saída do advogado Reginaldo Mathias dos Santos e levou Romário para o clube. Como manager, o Baixinho angariou parceiros, patrocinadores e montou o time que venceu a Segundona e garantiu o retorno à divisão de elite.

Em 2010, Bebeto foi trazido para comanda o Mecão no retorno à elite. Mas, após um início irregular, a dupla do tetracampeonato mundial foi desfeita: Bebeto acabou demitido. Em seu lugar, assumiu o então preparador de goleiros, Gabriel Vieira. Com o novo comandante, a equipe reagiu e conquistou a Taça João Ellis Filho, o segundo título da gestão de Salgado.

O período de turbulências começou no Campeonato Brasileiro da Série D, quando a patrocinadora do clube diminuiu o repasse da verba e Romário passou a se dividir entre o clube e a campanha para deputado federal. Em campo, os resultados levaram à eliminação precoce, ainda na primeira fase, com direito a goleadas para Rio Branco/ES (4 a 1) e Uberaba/MG (4 a 2).

Apenas uma semana após a decepção, a equipe estreou na Copa Rio, de olho em vagas nas competições nacionais deste ano, mas os tropeços prosseguiram e o nem mesmo a saída de Gabriel Vieira e a chegada de Arthur Bernardes mudaram o panorama: o America terminou em sétimo lugar e, ao fim da competição, o contrato de patrocínio chegou ao fim e não foi renovado.

Sem apoio e dividido, o America apostou em um time jovem, basicamente formado por pratas-da-casa e na liderança do ídolo Edu Coimbra, conduzido à gerência de futebol. A nova formação durou pouco e, depois da quarta rodada, a dupla se afastou do clube, possibilitando a volta de Romário, já eleito e empossado na Câmara dos Deputados. Desde então, Lulinha e Ademar Braga comandaram a equipe, hoje nas mãos de Marcelo Buarque.

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