Quando o Campeonato Estadual acabar, é pouco provável que desembarque no Duque de Caxias uma legião de atletas do Boavista, de Saquarema, como tem acontecido nos últimos anos. Rebaixado para a Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro como último colocado da Série B deste ano, o time da Baixada Fluminense vai disputar a competição nacional sem contar com os antigos parceiros, que encerraram o acordo após o rebaixamento.
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| Um dos destaques do Boavista, Somália esteve emprestado ao Duque |
O compromisso chega ao fim em um ano importante para o Boavista. Com Flamengo, Fluminense e Vasco na Taça Libertadores da América, o clube de Saquarema conquistou o direito de disputar a Copa do Brasil pela primeira vez. Gestor do Boavista, o empresário José Luiz de Magalhães Lins, o Zé Luca, explica os termos do acordo encerado.
“Nós cedíamos nossos jogadores para o Duque de Caxias como forma de mantê-los em atividade no segundo semestre, mas a parceria chegou ao fim com o rebaixamento. Agora, estamos totalmente focados no Boavista, que vai buscar belas campanhas no Campeonato Estadual e na Copa do Brasil”, afirma.
Zé Luca também rechaça os rumores de que ele e o irmão João Paulo tenham comprado qualquer fração do Duque de Caxias. “Era um acordo de cooperação. Não somos sócios, diretores, não temos nenhuma participação no Duque de Caxias. Qualquer coisa diferente disto são rumores criados por pessoas mal intencionadas”, afirma o dirigente.
Com o fim da parceria, os principais destaques do Tricolor da Baixada já voltaram para o Verdão, como o goleiro Thiago, os zagueiros Bruno Costa e Santiago e o atacante Tony. Por coincidência, os antigos aliados se enfrentam logo na rodada de abertura do Estadual, dia 21 de janeiro (sábado), no Estádio Elcyr Rezende de Mendonça, em Saquarema, às 17h.
Resultados
Durante os três anos que disputou a Série B, o Duque de Caxias contou com o suporte de clubes co-irmãos. Em 2009, o primeiro ano, teve como parceiros Boavista e Tigres. Os dois clubes cederam jogadores e parte de suas comissões técnicas, e o Tigres também ofereceu as dependências de seu Centro de Treinamentos. Naquele ano, após de um início irregular, o técnico Rodney Gonçalves foi trocado por Gilson Kleina. A equipe reagiu, deixou as últimas posições e terminou a disputa em um honroso nono lugar.
No ano seguinte, o Tigres abandonou a parceria, mas continuou a ceder o CT para os trabalhos. Com jogadores da casa e do Boavista, o time comandado por Aílton Ferraz começou mal a competição. Após a quarta derrota consecutiva, o treinador foi dispensado e o clube trouxe Kleina de volta. E, novamente, o treinador curitibano conseguiu fazer do elenco um time, terminando a Série B na nona posição.
Em 2011, o rebaixamento teve sabor ainda mais amargo porque, assim como nos outros anos, a base do time foi o Boavista, mas a equipe de Saquarema fez um belo Campeonato Estadual e foi vice-campeã do primeiro turno, a Taça Guanabara, e fez jogos duros contra os grandes. Eliminou o Fluminense na semifinal e venceu o Vasco. Mas, com uma campanha ruim desde o início, o Tricolor venceu apenas duas das 38 partidas, na pior campanha da história da competição desde que foi adotada a atual fórmula de disputa, por pontos corridos.
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