sábado, 11 de fevereiro de 2012

Papo de Bola: A pergunta que não quer calar

Adilson Dutra debate o número de clubes do Campeonato Estadual


Os jogos ruins e a grande repercussão dos prejuízos dos clubes, neste Estadual da Primeiras Divisão/2012, chamam novamente a atenção dos cronistas interioranos sobre a redução de número de participantes na chamada Elite do Rio.

Na última sexta-feira, no programa Toque de Primeira, comandado por Amaro Lírio, na Rádio Absoluta, de Campos,  Walace de Oliveira colocava em discussão o assunto e defendia doze clubes imediatamente.

Eu, que venho brigando por isto há algum tempo, inclusive tenho todo organograma de um campeonato do interior para fechar o calendário, sou mais agressivo e peço que o número ideal seja dez participantes.

Capistrano Arenare, Eraldo Bento, Pessanha Filho e muitos outros companheiros da crônica e do mundo da bola, comungam da mesma ideia. Porém, tem sempre um porém, a Ferj não abre mão deste imenso número de participantes e nem senta à mesa para um debate mais amplo sobre o assunto.

Não sei quando ou de quem partiu esta “ideia genial”, a pressão é tanta, por parte da mídia da capital, que é possível que tenhamos mudanças em breve, mesmo que estas venham de encontro com aquilo que os pequenos estejam pensando para o futuro.

Jogos deficitários, como o que vimos em Edson Passos na rodada do meio de semana, quando apenas dez, eu disse DEZ, torcedores pagaram ingresso e a renda sequer atingiu aos R$ 200,00 (duzentos reais). Que futebol profissional é este?

Neste domingo, no Engenhão, Vasco e Fluminense entram em campo para decidir, praticamente, o Grupo B da Taça Guanabara. Teremos um público decente no maior estádio do Rio no momento? Teremos um público maior do que os dezoito mil pagantes de Botafogo x Flamengo?

O jogo tem tudo para ser bem jogado. O Vasco, invicto na Taça Guanabara, enfrenta um motivado Fluminense, que não pode perder ou empatar para não ver a classificação para semifinal, onde pode fazer caixa para pagar sua milionária folha de pagamento, escorrer pelos dedos.

Enquanto se espera um público em torno dos vinte mil, no Rio de Janeiro, na Baixada, novamente em Edson Passos, qual será o público pagante para Duque de Caxias x Volta Redonda? Pode ser que tenhamos um pouco mais do que aqueles dez pagantes no jogo de quarta, a torcida do Voltaço comparece e deverá levar um ônibus com 40 torcedores.

Esta é a nossa realidade de momento, jogos fracos, fraco interesse de um público ciente de que nada do que está sendo jogado vale alguma coisa e guarda sua minguada grana para os jogos das semifinais, estes sim, interessantes e decisivos.

E, cá prá nós, se um pequeno se intrometer no meio e tomar vaga, ou vagas, nas semifinais de um destes chamados grandes? Bem, aí a coisa se complica de vez,

Olha que isto não está longe de acontecer, estamos sujeitos a ter dois pequenos na decisão do primeiro turno e aí a Ferj vai começar a pensar em mudanças já para a próxima temporada.

Pitaco Final - Hoje teremos dois jogos em Campos, Americano x Friburguense e Goytacaz x São João da Barra, mas aposto uma mariola que o público do Arisão será quase ou mais do que o dobro nas arquibancadas e sabe porque? Jogo entre duas torcidas próximas e com um certo nível de igualdade entre os times e por uma competição que reúne vinte times em busca de duas vagas para a Primeira Divisão.

Amanhã, domingo, no Godofredo Cruz, às 17h, mais um jogo em que o borderô mostrará o prejuízo neste futebol profissional promovido pela Ferj. O Rio Branco vai para campo sabendo que terá que tirar dinheiro dos cofres para bancar as despesas do confronto contra o Artsul, a começar pelo aluguel do estádio e pela alta taxa de arbitragem.

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