terça-feira, 19 de junho de 2012

O que passa? Dos últimos 17 rebaixamentos da Série B, 13 foram por motivos extra-campo

Acúmulo de dívidas e falta de recursos são os principais motivos pelas quedas   


A fase dos times de menor investimento do interior do Rio de Janeiro não têm sido boa. Dos últimos seis rebaixamentos da Segundona, cinco foram de times interioranos, mas o que assusta é que nenhum deles caiu com a bola rolando.

Na atual temporada, quatro clubes caíram para a Série C. O CFZ pediu licença e assim, foi automaticamente rebaixado. Inscrito na competição, o Teresópolis, que havia ficado inativo em 2009 e 2010, alegou falta de recursos e abandonou o campeonato antes mesmo de ele começar. Já o Carapebus ainda trava uma batalha judicial para tentar evitar o rebaixamento, já que foi suspenso na metade da primeira fase.

No ano passado, o problema foi ainda maior. Durante a primeira fase do campeonato, o Aperibeense foi suspenso por acúmulo de dívidas e logo em seguida, excluído. O mesmo processo aconteceu com o Itaperuna, que deu um cheque à Federação para quitar uma dívida, mas o sustou logo em seguida. Por último, o Cardoso Moreira se desentendeu com a Ferj e se recusou a entrar em campo, alegando que a mesma desrespeitou o regulamento do torneio, quando não excluiu o Mesquita da competição.

Estádio Jair Bittencourt deve ser vendido para quitar dívidas (Foto: Rádio Itaperuna)


As dívidas causam perdas irreparáveis aos patrimônios dos clubes. Com medo de perder o Estádio Brandão Filho devido aos débitos trabalhistas, o Aperibeense repassou o seu campo à Prefeitura Municipal.

Já o Itaperuna teve diversos bens penhorados para quitar dívidas trabalhistas. Na última semana, dos 83 conselheiros, 79 votaram a favor da venda do Estádio Jair Bittencourt.

No ano de 2011, por motivos de licença, os interioranos Floresta e Fenix, além de Profute, de Itaboraí e Miguel Couto, foram rebaixados à Série C. Em 2010, antes mesmo da Segundona começar, Rio das Ostras e Riostrense alegaram falta de verba e pularam fora, sendo rebaixados juntamente com o Goytacaz, sendo o último dentro de campo.

Até mesmo em 2009, quando Villa Rio e Campo Grande foram rebaixados pelos resultados ruins, houve clube rebaixado por motivos extra-campo. O Brescia alegou que não disputaria o Grupo X e por isso, se retirou da competição.

Em quatro campeonatos foram 17 rebaixamentos, mas apenas Villa Rio e Campo Grande em 2009, Goytacaz em 2010 e o São Cristovão neste ano caíram dentro de campo. O que assusta ainda mais, é que dos rebaixados por motivos extra-campo, até hoje, nenhum voltou a jogar profissionalmente. O Miguel Couto até ensaiou voltar este ano, mas foi retirado da Série C por estar em situação irregular junto á Ferj.

Confira os rebaixados
2009
Brescia - Desistência
Campo Grande - Penúltimo Lugar
Villa Rio - Último Lugar

2010
Riostrense - Desistência
Rio das Ostras - Desistência
Goytacaz - Último Lugar

2011 (Nenhum time caiu no campo)
Profute - Licenciamento
Miguel Couto - Licenciamento
Floresta - Licenciamento
Fenix - Licenciamento
Aperibeense - Exclusão
Itaperuna - Exclusão
Cardoso Moreira - Desistência

2012 (São Cristovão caiu no campo)
CFZ - Licenciamento
Teresópolis - Desistência
Carapebus - Exclusão
São Cristovão - Último Lugar

2 comentários:

Retratoo de uma Federação fraca e inconsequente.

Enquanto o paulista incha com 104 clubes em 4 divisão sendo que a ultima os clubes com casa cheia e tendo renda, o RJ caminha na contra-mão do futebol e vai perdendo clubes em sua maioria por acumulo de dividas, e problemas em regulamento ou seja é triste o cenário do futebol carioca.

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